Executivo vai rever tarifa social para chegar a mais famílias

O secretário de Estado da Energia admite que há muitos clientes de rendimentos baixos que não têm desconto, por isso o Executivo vai avançar com a revisão da tarifa social no primeiro semestre de 2014.

"Sabemos que há mais clientes com rendimento abaixo de um patamar socialmente aceite", reconheceu o governante em declarações ao jornal I.

De um universo potencial de 660 mil clientes de eletricidade de rendimento baixo, a tarifa social conseguiu chegar apenas a 15 por cento dos consumidores alvo, cerca de 100 mil.

O instrumento foi criado em 2010 para proteger os clientes vulneráveis dos efeitos da liberalização do mercado.

Em 2011, para suavizar o efeito da subida do IVA, este governo lançou o ASECE (Apoio Social de Emergência ao Consumidor de Energia), um programa financiado pelo Estado que aumenta o desconto nas tarifas elétrica e de gás natural.

Os dois mecanismos asseguram um desconto de até cinco euros por mês, que ultrapassa 50 euros num ano para uma tarifa média com base em preços de 2013. Mas o grau de adesão é muito baixo face às estimativas iniciais.