Governo espanhol corta remunerações às elétricas e renováveis

O governo espanhol anunciou cortes nas remunerações às empresas de energias renováveis. O objetivo é reduzir o défice tarifário espanhol.

O conselho de ministros espanhol aprovou na sexta-feira várias normas para evitar um aumento da tarifa elétrica através da poupança de até 800 milhões de euros.

Uma das normas altera a forma de cálculo de custos no regime especial, onde a eletricidade é produzida através de tarifas subsidiadas. Esta alteração deverá gerar poupanças para o sistema elétrico espanhol de entre 330 e 340 milhões de euros, segundo a vice-presidente do governo, Soraya Sáenz de Santamaría, citada pela imprensa.

Foi também aprovada uma modificação nas opções de remunerações para as empresas no regime especial, que as obriga a escolherem, definitivamente, entre uma tarifa regulada ou preço de mercado. Esta alteração poderá levar a poupanças entre os 250 e os 500 milhões de euros, dependendo de qual o sistema escolhido.

Foi igualmente anunciado o pedido de um crédito de 2,2 mil milhões de euros com o objetivo de aliviar os encargos sobre os consumidores do setor elétrico.

A Associação de Produtores de Energias Renováveis (APPA), em Espanha, criticou as medidas, em comunicado citado pela imprensa, afirmando que “constituem passos na política de extermínio do setor”.

Na sexta-feira, após terem sido conhecidas as medidas, a EDP Renováveis, subsidiária da portuguesa EDP, afundou 4,52 por cento.